Guanabara, de Jacob Barata, tenta barrar homologação da Volkswagen no BRT-Rio, mas tem recurso negado
Licitação é para compra de ônibus pela prefeitura
ADAMO BAZANI
A Guanabara Diesel, representante da marca Mercedes-Benz e de propriedade da família de Jacob Barata Filho, apelidado de Rei do Ônibus do Rio de Janeiro; e a Treviso GV Veículos, representante da marca Volvo, tentaram barrar a homologação da Volkswagen para o fornecimento de 71 ônibus padrons para o sistema de BRT (Bus Rapid Transit) da cidade.
Entretanto, os recursos da Guanabara e Treviso contra a Volkswagen e a Transrio (que é representante Volks) foram negados pela gestão Eduardo Paes, conforme publicação em Diário Oficial desta segunda-feira, 16 de maio de 2022.
Como mostrou o Diário do Transporte, o Grupo Guanabara conseguiu vencer um dos lotes nesta licitação, mas para modelos articulados, cuja unidade é mais cara.
Os veículos devem ser fornecidos até março de 2023. Fabricantes de chassis, revendedores e fabricantes de carrocerias se uniram para dar os lances de ônibus já montados. Mas as propostas foram oferecidas pelas “cabeças” desses acordos.
A Guanabara Diesel receberá da gestão Eduardo Paes para entregar 20 ônibus, R$ 42,2 milhões.
Já a Marcopolo teve contratos firmados que somam R$ 167 milhões para 100 ônibus
Relembre:
També como mostrou o Diário do Transporte, em 13 de abril de 2022, a prefeitura do Rio de Janeiro abriu, pela segunda vez, uma concorrência para encontrar no mercado fabricantes que forneçam ônibus novos para o BRT, controlado pelo poder público.
A licitação foi dividida em lotes, sendo que houve propostas para 191 de 391 ônibus a serem fornecidos.
Deve ser lançada uma nova disputa para estes coletivos restantes.
Relembre:
HISTÓRICO:
A prefeitura do Rio de Janeiro é responsável pelas operações do BRT.
Em 03 de março de 2021, o prefeito Eduardo Paes decretou intervenção do poder público no BRT por seis meses devido a problemas na prestação de serviços pelos concessionários.
Relembre:
Já em 18 de setembro de 2021, Paes prorrogou a intervenção por mais seis meses.
Relembre:
O segundo período de intervenção duraria até março de 2022, mas julgando que os problemas não tinham sido resolvidos e que os consórcios operadores não teriam mais condições de reassumir, a gestão Paes decretou em 17 de fevereiro de 2022 a anulação dos contratos com as empresas de ônibus, sendo a prefeitura responsável pelo sistema BRT.
Relembre:
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
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